As calças de ganga femininas tiveram de lutar muito para conquistar o seu lugar no guarda-roupa das mulheres. Existe uma história interessante associada a isso, que vale a pena conhecer. É uma narrativa sobre a luta pela igualdade e pelo fim de estereótipos prejudiciais.
Saias e vestidos até há pouco tempo eram as únicas peças de roupa aceites para as mulheres. Quase ninguém imaginava que as senhoras pudessem vestir algo completamente diferente. As calças eram domínio dos homens e, para alguns, chegaram mesmo a simbolizar masculinidade. É por isso que parte dos homens teve dificuldade em aceitar o facto de as mulheres terem “emprestado” deles as chamadas pantalonas (também conhecidas como “bloomers”), que de certa forma ajudaram a começar a quebrar estereótipos. Quem as usava era Amelia Jenks Bloomer, conhecida feminista e editora da revista "The Lily". Foi nas suas páginas que ela começou a luta pelo fim das restrições relativas ao vestuário feminino. Exigia não só que as mulheres pudessem usar calças, mas também defendia o encurtamento do comprimento permitido de saias e vestidos.
Bloomer ganhou muitas apoiantes e seguidoras. Uma delas foi Elizabeth Smith Miller, que não só desenhou uma saia pelos joelhos, mas também criou um modelo de calças femininas.
Diz-se que, inicialmente, os homens reagiam quase de forma alérgica às mulheres de calças. Chegavam a expulsá-las de restaurantes, troçavam delas e faziam de tudo para que voltassem o mais rápido possível ao antigo, na opinião deles verdadeiramente feminino, estilo.
Precisaram de se habituar à nova moda feminina no século XX, o que foi acelerado pelo início da Primeira Guerra Mundial. Nessa época, os vestidos não eram muito práticos, por isso finalmente as mulheres de calças começaram a ser vistas de maneira mais favorável.
O ícone deste novo estilo feminino, no período entre guerras, foi Marlene Dietrich – adorava usar fatos com calças largas. Segundo uma anedota, o chefe da polícia de Paris ficou tão chocado ao vê-la que ordenou que ela abandonasse imediatamente a capital francesa!
Finalmente, chegou a vez dos jeans para mulher na moda feminina. Surgiram em 1873 graças a Levi Strauss, mas na altura não ganharam grande popularidade, sendo usados sobretudo por operários e jovens raparigas a trabalhar em funções físicas.
Só em 1922 é que a empresa foi ao encontro das expectativas das mulheres e desenhou as primeiras calças de ganga femininas totalmente dedicadas a elas. Eram justas nos joelhos e tinham comprimento médio. Geralmente eram usadas com botas altas. Não eram um look muito elegante, mas mesmo assim as mulheres adoravam-no.
Nos anos seguintes, cada vez mais designers e empresas prestavam atenção às mudanças de preferências de moda das mulheres. Notou-se que os jeans eram uma tendência indiscutível e um bestseller. Inicialmente tinham um carácter progressista e proletário, mas isso foi mudando pouco a pouco. Nos anos 70, foi claro que os jeans femininos na moda substituíram todas as outras peças de vestuário, até mesmo as saias.
Esta tendência mantém-se até hoje. As mulheres adoram jeans e não pretendem abdicar deles. Todos os dias vendem-se inúmeras calças: estão na moda, entre outros, as jeans femininas com rasgões, com buracos nos joelhos, de cintura subida e, claro, as clássicas.
A vasta oferta traz consigo alguns riscos. É preciso ter consciência de que nem sempre se encontram calças bem feitas em qualquer lugar. Por isso, é bom ter um sítio como a loja online Vitkac.com, onde se encontra um produto comprovado.