Segundo a lenda, foi Alexandre Dumas, nas páginas do seu romance "O Conde de Monte Cristo", que fez com que os botões de punho masculinos se tornassem um dos acessórios de joalharia masculina mais populares. O protagonista do romance usava botões de punho decorados com diamantes nos punhos da sua camisa, chamando assim a atenção de todos à sua volta. Tornaram-se a sua marca registada e o sucesso da obra de Dumas fez com que os alfaiates da época rapidamente percebessem que os botões de punho podiam tornar-se um acessório importante no guarda-roupa de qualquer cavalheiro bem vestido. No entanto, os botões de punho já existiam muito antes da aparição da personagem do Conde de Monte Cristo, pois já Luís XIV, no século XVII, era conhecido pelo acabamento ricamente decorado dos punhos das suas camisas, com botões de punho com emblemas, brasões ou pedras preciosas. Naquela época, porém, a moda masculina considerava a camisa como uma peça de roupa interior e a moda da corte não foi então adoptada pela sociedade francesa.
Os tempos da revolução industrial e o surgimento de novas máquinas que facilitaram a produção de pequenos elementos fizeram com que, no final do século XIX, os botões de punho masculinos se tornassem amplamente produzidos. O início do século seguinte e o surgimento do estilo art déco contribuíram ainda mais para a popularidade deste elemento do vestuário masculino. Os botões de punho começaram a ser vistos como uma parte interessante da joalharia masculina, sinal de bom gosto de um homem. Já naquela altura adquiriam várias formas – quadradas, rectangulares ou redondas – sendo decorados de várias maneiras, desde pedras de madrepérola, acabamentos metálicos minimalistas e até decorações com fotos de paisagens ou figuras. Nesse período, uma camisa masculina raramente era privada do adorno dos botões de punho – os homens apostavam na elegância e numa nova forma de expressar a sua personalidade através da escolha do padrão adequado. Algumas décadas depois, nos anos sessenta e setenta, os elegantes botões de punho foram afastados do vestuário masculino, que então sofria mudanças visíveis em direção ao casual e a uma roupa mais informal, típica do período turbulento da revolução e da moda hippie. Homens de negócios e políticos também renunciaram aos clássicos e muito elegantes botões de punho e substituíram-nos por outras joias – prendedores de gravata. Este elemento permitia manter o requinte e a elegância, mas era certamente considerado mais casual e menos formal do que os punhos rígidos decorados com botões de punho caros.
O regresso dos fatos masculinos nos anos oitenta marcou o início da segunda vida dos botões de punho. Voltaram a ser um dos acessórios de joalharia masculina mais elegantes e começaram a ser tratados como sinais da posição profissional ou do estatuto financeiro. Designers como Gucci ou Hugo Boss criaram colecções de botões de punho em ouro e prata ricamente decorados, usados pelos homens de negócios e políticos mais influentes. Hoje em dia, mesmo a moda masculina mais clássica é vista com leveza, por isso designers como Paul Smith propõem modelos mais criativos e menos formais de botões de punho masculinos. Carros, dados, cactos ou moscas – a criatividade dos designers não tem limites e é uma prova de que o casual se mistura fortemente com os elementos clássicos do vestuário masculino. Por outro lado, há as propostas de Tom Ford ou Bottega Veneta – muito elegantes, decoradas com diamantes e outras pedras preciosas, na maioria das vezes monocromáticas, feitas de metais preciosos. Estes modelos destinam-se a ocasiões especiais, como casamentos ou eventos festivos importantes, e certamente serão um elemento sofisticado e marcante de um visual masculino clássico. Encontra mais modelos variados de botões de punho masculinos no nosso site Vitkac.com.